04 dezembro 2010

Dicas de Entrevista de A à Z

Ao ser convidado para uma entrevista é bem provável que o entrevistador lhe dê informações suficientes para que possa avaliar se está compatível com suas expectativas. No entanto, caso tenha alguma dúvida fundamental, pergunte diretamente; porém, evite “especulações” sobre: salário, benefícios, horários, pois isto tende a ser transmitido pessoalmente.

A) Procure se disponibilizar o quanto antes, ainda que não possa na data proposta; neste caso já apresente novas alternativas.

Caso imediatamente perceba que não há interesse de sua parte, esclareça e agradeça mencionando, se possível, seu real interesse, pois poderá surgir nova oportunidade na qual poderá ser lembrado.

B) Uma vez agendada sua entrevista, procure obter o máximo de informações sobre a empresa (fundação, quem foram os fundadores, quem são os atuais executivos, o que eles fazem e como são reconhecidos no mercado; os produtos/serviços que a empresa mantém e como são vistos pelo mercado). Pesquise também sobre o segmento de negócios, público alvo, concorrentes, fornecedores, observando um universo maior onde está inserida a empresa.

C) Procure saber, antecipadamente, os requisitos da posição; como conhecimentos necessários, e mesmo que não conheça tudo o que lhe é solicitado, busque o máximo de informação a respeito do assunto. Ex: na vaga existente pedem conhecimentos de liderança coaching; busque na internet ou outros meios o máximo de informações possíveis sobre este assunto, e, se for o caso, consulte colegas a respeito. Muitas vezes não é necessário o conhecimento prático, mas estar por dentro do assunto será de grande valia, pois quem estiver avaliando sabe que não é possível a prática de tudo, mas o conhecimento do que acontece no mundo é super importante.


Odair Fantoni
D) Faça uma reflexão e recapitulação sobre seus próprios conhecimentos e competência, para conduzir uma linha de raciocínio encadeada e consistente; lembre-se também de como conduziu algumas ações mais significativas, como por exemplo, que trouxe redução de custo, ou aumento da lucratividade, como lidou com algum conflito, como aperfeiçoou processos, pois a tendência atualmente é pesquisar junto ao candidato a ação envolvida, como forma de verificação da competência avaliada.

E) No dia anterior a entrevista, procure deitar cedo, para bem descansar mente e corpo. Faça algo agradável, que goste e lhe de prazer. Deixe a roupa que pretende usar já pronta.

F) Acorde bem mais cedo para não arriscar-se com imprevistos, e acabar chegando atrasado. Tome um gostoso café da manhã, a seu jeito, para não sentir fome durante sua conversa.

G) Reserve pelo menos meia hora para pensar no que esta oportunidade realmente significa para você (utilize de sinceridade para consigo mesmo). Você já deve estar pensando nisso desde o momento em que foi convidado, mas agora precisa estar convicto disso.

H) Caso aconteça de você adoecer no dia da entrevista ou se estiver com uma gripe muito forte, entre em contato com a empresa solicitando que a entrevista seja adiada, pois não está em condições físicas de comparecer. O receio de remarcar e comparecer em condições de mal estar pode lhe prejudicar o raciocínio, obviamente isto lhe deixará inseguro, então é melhor remarcar do que arriscar a qualidade de seu posicionamento.

I) Vá para a entrevista, de preferência ouvindo musica suave, e finja que o mundo a sua volta não existe (não se estresse com nada). Durante o trajeto respire, inspirando pelo nariz e expirando pela boca, calmamente, essa respiração consciente oxigena seu organismo, lhe deixando mais calmo.

J) Procure saber o estilo de vestimentas utilizado pelos profissionais da empresa e tente se aproximar ao máximo desse perfil na entrevista. Entretanto, sempre opte pelo estilo mais formal (nada de camiseta e tênis, mesmo que este seja o estilo da empresa). Seja discreto neste quesito, não use nada que chame mais atenção do que você mesmo, “o menos é mais”. Ahhh, chiclete jamais heim!!!

K) Pode até parecer engraçado, mas procure ir ao banheiro logo que chegar ao local, assim evita mal estar físico durante a entrevista, o que pode lhe tirar do foco, porém, em último caso, solicitar para retirar-se por um momento.

L) Ao entrar numa entrevista é adequado desligar o celular, exceto se estiver com algum problema pessoal de maior emergência, neste caso, avise ao entrevistador que precisa deixar o celular ligado pelo motivo “tal”, porém no silencioso e atenda só a(s) ligações que se refiram a este problema.

M) Durante a entrevista procure ficar a vontade, obviamente com mais formalidade, pois a espontaneidade é mais valiosa do que a notória observação de que o candidato esforça-se para agradar. Tente corresponder ao estilo de comportamento do entrevistador, ele dará o “Tom” ao clima.

N) Procure olhar nos olhos da pessoa e procure ouvir atentamente o que o interlocutor está falando e não se iniba em perguntar algo, caso não tenha ficado claro pra você.

O) Quando solicitado, fale; se perguntado sobre possíveis conhecimentos da empresa, exponha o que realmente sabe e/ou o que supõe, obviamente em caso de uma hipótese, deixe isso claro e apenas faça isso se estiver seguro de uma opinião.

Para tanto, se houver oportunidade neste momento, comente alguma coisa boa que você “sabe” em relação à empresa, mas apenas faça isso se estiver coerente com o contexto do diálogo, não inclua comentários que desviem o rumo da conversa.

P) Procure expressar suas respostas de maneira objetiva, com calma, sendo desnecessário mais de dois ou três exemplos para contextualizar ou dimensionar a complexidade de sua resposta.

Q) Fale sempre a verdade! Ex: Se você for questionado sobre um determinado assunto que desconhece totalmente, fale que não tem conhecimento sobre o assunto. Se tiver conhecimento apenas teórico, fale sobre ele e deixe bem claro que conhece o assunto na teoria, mas que não tem a prática. Se conhecer na teoria e na prática, deixe isto bem claro procurando mostrar o máximo possível este conhecimento.

R) Em algum momento da entrevista, deixe bem claro o que você busca realmente de um novo desafio profissional, portanto tenha isso claro antes para responder com total propriedade e convicção.

S) Quando lhe perguntarem sobre eventuais dúvidas, ou se houver oportunidade em momento anterior, questione para saber mais sobre a vaga, e, se possível, o que a empresa oferece ao ocupante da posição, neste momento é provável que não lhe fornecerão todas as informações, mas o principal para esta fase são os objetivos do cargo, o que esperam de um novo profissional.

Normalmente é inadequado aprofundar-se em pacote de benefícios, remuneração, direitos, pois estes dados são passados mais superficialmente e apenas ao concluir o processo esses aspectos são tratados com mais detalhes, porem este mínimo será para balizar sua decisão de aceitar uma possível proposta.

T) Um processo seletivo é uma via de mão dupla, então perceba que são partes em igualdade, haja vista que você, candidato, também estará escolhendo se gostaria ou não de trabalhar na empresa, e, se aceita ou não um possível proposta. Portanto, evite colocar-se num papel submisso durante a entrevista, ainda que o entrevistador demonstre uma postura de superioridade sobre você.

Pois saiba que também não é nada fácil a tarefa de identificar um profissional compatível a uma necessidade da empresa. Assim, trata-se de um momento de respeito mútuo, pois ambos estão sendo analisado, um pelo outro.

U) Evite precipitação para responder, ninguém precisa ter qualquer resposta na “ponta da língua”. Caso sentir dúvida em relação a pergunta, devolva a pergunta como por exemplo, “ Veja se entendi corretamente: você deseja saber……” ou mesmo seja direto, dizendo que não ficou claro o que quis dizer com a pergunta.

W) Caso lhe façam uma pergunta exótica, extravagante, antes de responder a primeira coisa que lhe vem à cabeça, diga: “preciso pensar um minutinho” e veja se lhe vem uma resposta que julga adequada. Porém, você tem o direito de fazer questões sobre o que lhe foi perguntado, visando investigar o contexto da pergunta, para ampliar sua visão; veja, vou dar um exemplo real de uma situação assim, que me foi contada pelo próprio candidato – eu não estava presente. O processo desta entrevista se deu em grupo, a diretoria da empresa estava avaliando este candidato. Disseram: “Alguém lhe dá a noticia de que você acaba de ganhar um ELEFANTE de presente. O que você faria?” O candidato querendo mostrar sua agilidade em tomada de decisão e habilidade em solucionar problemas em situações adversas, responde: Eu iria providenciar um lugar adequado para mantê-lo e pesquisar o que é necessário para o cuidado de um elefante, contatar o próprio zoológico.

No dia seguinte, ele me liga dizendo: “Acho que dei uma resposta medíocre sobre o elefante, eu deveria ter investigado mais, perguntando se eu era obrigado a ficar com ele, o motivo deste presente, se poderia recusar esclarecendo que não tenho estrutura para possuir um elefante etc…” E ele estava certo, o principal objetivo da pergunta era verificar como ele atuaria frente a uma demanda de trabalho completamente atípica, se aceitaria simplesmente, ou se questionaria criticamente sobre o trabalho, buscando o máximo de assertividade.

V) Ao questionarem sobre sua vida pessoal, responda como sentir-se melhor, dentro do limite que se sinta confortável. Entenda que esse tipo de pesquisa é para conhecer um pouco do contexto de vida do candidato, como representa a sua vida profissional em sua família, qual o tamanho de sua responsabilidade financeira. Estes dados trazem muitas informações e não é para qualquer julgamento, curiosidade ou invasão de sua privacidade. Por exemplo, se você mora com seus pais e irmãos, como são divididas as despesas e quanto representa suas obrigações, se é casado (a), tem filhos, se é o provedor total ou parcial. No caso das mulheres, como é a estrutura auxiliar com crianças, para poder trabalhar e várias outras possibilidades que serão ponderadas com as características e necessidades da vaga.

X) Se você conhecer alguém que trabalhe na empresa procure ser discreto, pode perguntar pela pessoa, mencionando brevemente que a conhece, mas evite se estender nisso, pois pode dar a impressão de que quer se favorecer deste relacionamento, principalmente se for alguém que ocupe um cargo de poder.

Y) Se você foi indicado por algum profissional da empresa, principalmente por alguém de poder, restrinja-se a fazer a entrevista e caso o entrevistador lhe pergunte alguma coisa sobre seu relacionamento, responda estritamente o necessário, evitando comentários mais íntimos, pois demonstrará que está passando pelo processo seletivo normalmente e disposto a todos os procedimentos. Aliás, essa postura, também lhe deixará mais seguro de que corresponde aos requisitos da vaga.

Z) Lembre-se que não basta apresentar as competências solicitadas para o cargo, implicando também em identificação de valores, expectativas, características coerentes ao modelo de gestão da empresa, bem como seu DNA. Portanto é muito mais complexo do que parece, e tentar controlar todas as variáveis acabará lhe afastando de sua espontaneidade, o que lhe prejudicará certamente.

Para acessar matéria na integra, acesse o link: http://www.rhevistarh.com.br/portal/?p=2328

17 novembro 2010

Marketing Pessoal

Você sabe como crescer E aparecer dentro da empresa? Conheça os mandamentos do chamado marketing pessoal.

Por que ótimos funcionários muitas vezes não conseguem ser promovidos? Porque eles estão fazendo tudo certo, mas esquecem de algo muito importante: o marketing pessoal.

Num escritório de consultoria fazendo uma pesquisa sobre marketing pessoal -- qualidades que fazem com que alguns consigam se destacar dos demais. Nós pedimos que cada um dos entrevistados pegue um papel e escreva o nome de duas pessoas que, na opinião de cada um, mais se enquadram em todos esses itens que vamos discutir. Por que duas pessoas? Porque cada pessoa tem o direito de votar em si mesmo.

Ao final da votação, não vamos escolher o melhor ou a melhor. Se a gente simplesmente pegar um que foi o mais votado, nós vamos criar mais problema do qualquer outra coisa para a pessoa. Vamos selecionar três ou quatro pessoas.

Marketing é o conjunto de ferramentas que uma empresa usa para fazer com que seus produtos sejam conhecidos, apreciados e comprados. Marketing pessoal é um profissional fazer exatamente a mesma coisa, só que em benefício da própria carreira.

Nós começamos a aplicar isso às nossas carreiras a partir do momento em que o nível dos candidatos no mercado de trabalho começou a ficar muito igual. É a habilidade que um funcionário tem de aparecer sem ser chato e de conseguir a simpatia da chefia sem ser puxa-saco.

Eu sempre digo que a melhor avaliação que a gente faz é de garçom. "Eu fico atento no movimento do cliente", diz o garçom Edson da Silva. Se a gente, inadvertidamente, olha para o garçom e não precisa de nada, ele nunca está olhando para a gente. "A gente fica no nosso canto para não atrapalhar o cliente, mas sempre de olho na mesa", comenta Edson. Quando a gente precisa de alguma coisa, o garçom está olhando para a gente. Se a gente só conseguir fazer o que o garçom faz, nós nunca vamos ser chatos na vida.

Veja, a seguir, os dez mandamentos do marketing pessoal:

1º - Liderança
Algumas pessoas têm uma habilidade muito maior de influenciar as outras. "O Clayton está sempre preocupado se a gente precisa de alguma coisa", comenta a caixa Laísa dos Santos. "Ele socorre a gente", diz a caixa Ester Alves. O Clayton é um formador de opinião, e a empresa percebe isso rapidamente.

2º - Confiança
Quando eu pergunto "Quanto foi o jogo?", eu imediatamente olho para uma pessoa. Eu não falo assim: "quanto foi?", olhando ao redor. Essa é a pessoa em que nós confiamos.

3º - Visão
É alguém entender o que está fazendo e por que está fazendo, e sugerir pequenas mudanças para melhorar o próprio trabalho ou o trabalho dos colegas. Do que nós estamos falando? Pequenas idéias, uma por dia, de R$ 3. Muita gente fica esperando muito para ter uma grande idéia na vida de R$ 200 milhões e perde a oportunidade de ter a pequena idéia de todo dia.

4º - Espírito de equipe
É oferecer ajuda aos colegas, mesmo sem ser solicitado. De coração aberto, quantas pessoas realmente fazem isso?

5º - Maturidade
É saber solucionar conflitos sem provocar mais conflitos. "Ele prefere conversar e não resolver em discussão", diz o repositor de loja William Matias. "Um ajudando o outro é que a gente vai ser uma equipe melhor", acredita o repositor de loja Antônio Raimundo Nascimento.

6º - Integridade
É fazer o seu trabalho sem prejudicar ninguém. Não ser excessivamente ambicioso e atropelar quem aparece pela frente. Pesquisa instantânea de opinião: quem nunca foi prejudicado na carreira? Quem tem vontade de prejudicar alguém? Qual das duas perguntas que eu fiz mostra falta de integridade? A segunda? Se eu tiver o desejo, assim, de me vingar, isso mostra a minha falta de integridade? Não. O desejo não mostra. É por isso que nós temos sentimentos, nós temos emoções e, muitas vezes, no trabalho, nós temos que guardar isso para a gente mesmo. Eu, sinceramente, tenho vontade atropelar um monte de gente, mas eu não vou fazer isso.

7º - Visibilidade
Ser o primeiro a levantar a mão quando o chefe precisa de um voluntário para uma tarefa. O que eu me lembro nos últimos 25 anos da minha vida corporativa, todo mundo que levantou a mão quando eu pedi um voluntário, hoje, ou é gerente, ou é diretor, ou é presidente de empresa. Impressionante.

8º - Empatia
É saber elogiar o trabalho de um colega e reconhecer o mérito dos outros. "Foi o Emerson. Isso foi ontem ainda. Ele montou lá na frente da loja uma exposição de brinquedos que foi muito lindo mesmo. Elogiei, elogiei na hora", disse o fiscal de loja Enedino dos Santos.

9º - Otimismo
Não é um otimismo burro, mas um otimismo com causa. A pressão do trabalho nos leva a imaginar que as coisas são piores do que realmente são.

10º - Paciência
Isso é o que mais acontece com jovens recém-formados no mercado de trabalho. Normalmente, uma pessoa com excelente formação acadêmica entra em uma empresa e, seis horas depois, já está começando a pensar por que ela não foi promovida. De todas as qualidades que nós podemos ter, a paciência é, talvez, a que se a gente não tiver, vai nos prejudicar mais.

Evidentemente, não adianta ter tudo isso se o funcionário não consegue fazer aquilo que ele é pago para fazer, dar bons resultados de curto prazo. No grupo, foram três escolhidos. O primeiro é o Fabian, o segundo é o Júlio, e o terceiro é o Rodrigo.

"Eu busco, no meu dia-a-dia, estar sempre ajudando as pessoas. Eu tenho o espírito de equipe", explicou o assistente de vendas Rodrigo Zazzera. "Se eu estou ajudando o companheiro, eu sei que, futuramente, ele vai me ajudar também", ressaltou o analista de sistemas Fabian Schimdt. "Fiquei surpreso porque eu não vejo um destaque da minha parte", disse o analista de sistemas Júlio César Arão.

A lição que vocês três estão dando é que basta vocês fazerem o que aprenderam em casa: ter respeito pelo próximo. São lições que têm milhares de anos, mas é isso que constrói uma imagem.

Em uma empresa séria, quem tem marketing pessoal recebe atenção da chefia e apoio dos colegas. Em uma empresa medíocre, a mesma pessoa pode ser vista como uma ameaça. Em num caso assim, não adianta querer mudar a empresa. É mais sábio mudar de empresa!

28 outubro 2010

Segundo pesquisa, 70% dos executivos avaliaram que poucos líderes de sua organização são vistos como exemplos

Na maior parte do tempo, líderes não agem conforme os valores da empresa.

Uma pesquisa realizada pela KPMG, durante o evento CONARH 2010 (Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas), com mais de 170 executivos, principalmente da área de Recursos Humanos, revelou que 91% dos líderes não agem, na maior parte do tempo, de acordo com a visão e valores da empresa.

Chama a atenção ainda que 70% dos executivos entrevistados avaliaram que poucos líderes de sua organização são vistos como inspiradores, justos e capazes de estimular o desenvolvimento individual e das equipes.

“Para empresas que estão buscando obter uma cultura de alta performance, estes dados são preocupantes, pois este cenário compromete de forma significativa o rendimento dos funcionários", afirma a sócia responsável pela área de People & Change da KPMG no Brasil, Patricia Molino.

De acordo com Patricia, "a avaliação de ter poucos líderes inspiradores mostra que as organizações não estão aproveitando bem o potencial das pessoas”.

Defasagem

O levantamento ainda analisou se características como confiança e compromisso, liderança e estratégia de negócios estão presentes nas organizações.

O resultado novamente não se mostrou favorável aos líderes. Apenas 24% dos entrevistados disseram que a liderança em suas empresas contribui para a alta performance. Já estratégia de negócios e também confiança e compromisso registram bons índices entre os analisados, de 66% e 53%, respectivamente.

“O que ajuda a atingir a alta performance é o comprometimento da empresa em conciliar os valores e as expectativas dos funcionários aos da companhia. Para isso, é necessário reunir diversos aspectos, como ter uma liderança alinhada com a visão, objetivos e estratégias da organização e que seja capaz de conectar e engajar as pessoas", avalia Patricia.

Na opinião da especialista, uma comunicação adequada é fundamental para adquirir esse rendimento, pois se a estratégia não está clara para os colaboradores e se o líder não for coerente com seu discurso, não será possível obter um empenho diferenciado dos colaboradores de forma sustentável.

Por fim, a pesquisa ainda constatou que mais de 60% das companhias estão dispostas a investir em transformação cultural para se tornar uma organização de alta performance.

03 julho 2010

Homens devem gastar US$ 2,69 bi com cosméticos no Brasil em 2010

País já é o segundo maior mercado de cuidados pessoais masculinos e deve crescer 17% neste ano

São Paulo - Em agosto, o Brasil será incorporado à estratégia de diversificação de portfólio da francesa L'Occitane. Conforme antecipou o site de EXAME (clique aqui para ler a reportagem), a exemplo do que já fez nos Estados Unidos e na Europa, a empresa vai ampliar sua linha de produtos por aqui, hoje concentrada em cremes e perfumes. Para os homens, serão oferecidos shampoos, condicionadores e produtos faciais. Investir em produtos para esse mercado, porém, está longe de ser um mero complemento da linha da L'Occitane. O Brasil é, hoje, o segundo maior mercado de cuidados pessoais masculinos do mundo. Neste ano, os brasileiros devem gastar 2,69 bilhões de dólares com estes produtos - cerca de 17% mais que em 2009, segundo a consultoria Euromonitor International.

É claro que a cifra ainda está bem distante da movimentada pelas mulheres. Segundo dados da consultoria Sophia Mind divulgados por EXAME, as brasileiras gastaram 17,3 bilhões de reais (cerca de 9,72 bilhões de dólares) no ano passado com cuidados pessoais. Mas, no mercado de cosméticos masculinos, o Brasil só perde os Estados Unidos, que movimentaram 4,82 bilhões de dólares em 2009. Com a crise, os americanos vão cortar os gastos neste ano, e o montante deve cair para 4,78 bilhões de acordo com a Euromonitor. Seguindo o Brasil, estão Japão, com um mercado de 1,9 bilhão de dólares em 2009; Alemanha, com 1,71 bilhão e França com 1,36 bilhão.

Os números mostram que os brasileiros estão ficando cada vez mais vaidosos. Entre 2004 e 2009, o mercado cresceu 78,1%, segundo a Euromonitor. A crescente preocupação com a aparência é detectada também por outros caminhos. Uma pesquisa realizada pelos Laboratórios Vichy, da L'Oréal, com 600 dermatologistas da América Latina demonstrou que hoje os homens representam 30% dos pacientes no consultório.

Espelho meu

E, como onde há demanda, há gente disposta a atendê-la, algumas empresas de cosméticos já vendem produtos exclusivamente masculinos no Brasil. Não são apenas desodorantes e cremes de barbear, mas também artigos como antiidade, cremes depilatórios e loções matificantes (que tiram o aspecto oleoso) para o rosto.

A marca americana Clinique, por exemplo, vende sua linha de produtos masculinos no país (a Skin Supplies for Men) há cerca de dois anos. Atualmente são 23 produtos, divididos em cuidados básicos para pele, tratamento, higiene pessoal e itens para barbear. Até junho de 2010, esse segmento registrou um crescimento de 6% em valor de vendas em relação a 2009. Mas a participação da linha masculina no faturamento total da Clinique ainda é de 3%.

A marca de produtos de depilação Depiroll lançou, em outubro de 2009, uma linha com loção, creme depilatório e cera depilatória para homens (a Linha DepiRoll For Men). A empresa ainda não divulga resultados, mas afirma que a linha vem atingindo bons percentuais de vendagem. "Acreditamos que, num curto espaço de tempo, esta linha gire o equivalente a 20% das vendas dos itens femininos", afirmou Cristina Pontes, gerente de marketing e produtos da empresa.

Com cosméticos masculinos no Brasil desde 2003, a Nívea não divulga o tamanho das vendas desse segmento. "Podemos afirmar que o desempenho da linha masculina é excelente e está superando as nossas expectativas", disse Maria Laura Santos, diretora de marketing da Nívea no Brasil. As vendas da empresa nas categorias barba e pós-barba cresceram em média 10,29% em valor nos últimos três anos, enquanto o mercado cresceu 2,66% em valor, segundo dados da Nielsen citados pela Nívea. A diretora disse que, apesar de a empresa ter em seu portfólio géis de limpeza e hidratantes, os produtos mais vendidos continuam sendo desodorantes, espumas de barbear e pós-barba. Ao investir em sua imagem, os brasileiros estão se tornando mais atraentes também para as empresas - um relacionamento que ainda vai longe.

24 abril 2010

A motivação está dentro de você

Será que a motivação nasce fora ou dentro do indivíduo? Será que os fatores extrínsecos podem motivar ou a verdadeira motivação depende de fatores intrínsecos? Conheça os caminhos que o levarão a despertar a motivação pessoal.

Se você é uma pessoa que fica esperando que o mundo externo a estimule, saiba que as chances de criar motivação em sua vida serão pequenas. No mundo empresarial, por exemplo, existe uma discussão sobre as possibilidades de se motivar ou não uma pessoa. Este artigo não tem a finalidade de alimentar a discussão, mas objetiva apresentar de forma resumida e simples aquilo que realmente promove a motivação pessoal.

A palavra motivação se auto-define como: MOTIVOS PARA AÇÃO. Então, quando você coloca motivos importantes nos diversos contextos de sua vida, aí sim as chances de criar motivação tornam-se maiores. Muitos estudiosos do comportamento humano já enfatizaram que um estímulo externo vai influenciar o estado de ânimo e de bem-estar, mas isso não significa que motivará uma pessoa. A motivação extrínseca, como descreve Joseph O´Connor (2000) no livro "PNL para Administradores", pode comprar o comportamento, mas não a motivação. A motivação é um processo interno muito mais duradouro que um simples estado de espírito.

As pessoas que são verdadeiramente motivadas, quando estão diante de um problema não desanimam, elas encaram os problemas como um desafio a ser superado como se fosse mais um degrau que as levará ao êxito. Os estímulos, ou os fatores extrínsecos, podem ajudar uma pessoa a alterar o estado de espírito, mas a motivação dependerá essencialmente dos motivos intrínsecos dela, principalmente dos significados que atribui às coisas que a cerca.

Cecília Bergamini, em seu livro "Motivação nas Organizações" (1997), diz que o significado que cada um atribui àquilo que faz é o que determina a motivação. Cada um de nós possui um referencial e será isso que realmente dará sentido. É por isso que muitas vezes o estímulo externo não provoca a motivação duradoura, pois poderá estar muito distante dos significados, dos valores e dos anseios que o indivíduo possui dentro de si.

O fator extrínseco nutre o desempenho a curto prazo, ele estimula as ações, mas pode inibir o indivíduo de buscar dentro de si os motivos que o movimentarão na direção do sucesso. É por isso que em muitas empresas o salário e as recompensas materiais duram pouco tempo, pois nutrirão comportamentos pró-ativos no curto espaço. O´Connor (2000) afirma que as pessoas não precisam estar motivadas de fora para dentro para realizarem uma tarefa que elas acham intrinsecamente interessantes. Sendo assim, fica evidente que a motivação extrínseca será diferente de pessoa a pessoa. O que funciona para um pode não funcionar para outro.

O tema motivação é polêmico, porém, há uma verdade em torno das discussões que o envolve: a realização de uma ação/comportamento determinada e comprometida depende única e exclusivamente da própria pessoa. Edson Gil, autor do livro Liderança e Competitividade (2003), aponta que a busca por um modelo certo para motivar um colaborador, procurando usar este modelo para outros também, já vem de muito tempo e com as pesquisas e teorias atuais percebe-se a impossibilidade de se motivar alguém.

Quantas pessoas que você conhece recebem apoios, estímulos, recompensas, mas não saem do lugar. A motivação delas dura pouco. Existem pessoas que possuem várias necessidades latentes e desejos como, por exemplo, um salário melhor, uma formação melhor, entre outros objetivos, mas passam boa parte da vida sem fazer nada para alcançar o que desejam.

É preciso compreender que satisfação e fatores de motivação não são a mesma coisa.Muitos vivem esperando que o mundo externo os satisfaça e não entendem que a busca pela satisfação é o que gera a motivação. Estar motivado é ter a falta de algo importante e significativo. Pode parecer estranha essa ideia, mas é exatamente isso que vai gerar a automotivação, pois uma necessidade não satisfeita é o que gera um determinado movimento em busca de saciar a mesma.

Preste atenção quando você associar estados de alegria, felicidade e entusiasmo com motivação, pois estará confundindo com a verdadeira motivação. É claro que quando se está motivado, esses estados são mais presentes porque a busca pela satisfação faz a jornada feliz e prazerosa, há um sentido nas ações que você está praticando. A motivação é caracterizada pelos comportamentos que desenvolvemos para buscar objetivos, atender necessidades e se autorrealizar.

Não fique esperando que as condições externas se tornem favoráveis para começar a agir e ter maior sucesso na sua vida pessoal e profissional. Siga essas dicas:
- Aja de acordo com os motivos que são importantes, os quais darão maior sentido à sua vida. Porém, escolha grandes motivos para mexer com o seu coração, não fique apenas escolhendo aquilo que é possível hoje, pois ao escolher o que é possível, em pouco tempo você vai conquistar. Então, faça escolhas maiores, escolha o que é impossível hoje, mas sabendo que no futuro deixará de ser impossível. Isso significa sonhar grande para que a motivação seja maior e verdadeira.
- Defina seus principais valores de vida e procure estar sintonizado com os seus apegos. Quando você se desalinha dos seus valores, acaba saindo da rota da motivação pessoal. Em que você acredita? Quais são os princípios que deixaria como herança para seus filhos? Aquele que tem um forte por que, pode suportar praticamente qualquer como (Friedrich Nietzsche).
- Faça um planejamento pessoal e defina metas que envolvam as áreas: profissional, financeira, familiar, conhecimento/aprendizagem, saúde, social, entre outras.
- Procure viver seus objetivos. Faça atividades que estejam ligadas àquilo que você tanto deseja. O gênio Albert Einstein já dizia que nada acontece até que algo se mova. Se ficar parado, nada acontecerá. Sendo assim, manifeste na realidade algo que o aproxime daquilo que sonha.
- Faça valer à pena, cada momento de sua vida. Às vezes, a vida parece que passa diante de nossos olhos e quando percebemos muito tempo já se passou. Então, procure fazer valer à pena, antes que seja tarde. Respire, observe, escute e sinta cada momento, se conecte com as coisas que o cerca. Viva em estado de presença. Não é quanto a vida dura que importa, mas a sua profundidade (Ralph Waldo Emerson).
- Se afaste de pessoas negativas, mal-humoradas e desmotivadas. "Se você almeja alçar voos de águia, não fique preso em terreiro de peru".

Portanto, comece a desenvolver sua motivação intrínseca dando mais valor aos seus desejos e valores significativos. Não seja mais um que fica esperando que algo de fora aconteça para começar a se auto-motivar. Zig Ziglar tem uma frase que se encaixa muito bem nesse conceito de auto-motivação: "As pessoas dizem frequentemente que a motivação não dura. Bem, nem o banho e é por isso que ele é recomendado diariamente".
Por Cersi Machado, site: www.rh.com.br

24 março 2010

METAS X RESULTADOS

Se meta não fosse algo importante, então o principal objetivo numa partida de futebol seria apenas correr e fazer exercícios e até as traves poderiam ser retiradas. A pergunta que se faz é: Por que trabalhamos mais facilmente com metas quando estamos nos divertindo?

Um exemplo é quando alguém vai para a academia, sua a camisa, faz esforço e ainda paga por isto. Na diversão, o que se observa é que as metas são claramente definidas como escalar uma montanha mais alta, melhorar o próprio tempo ou o tempo anterior, vencer o jogo... É fácil medir.

Tanto o crescimento quanto o fracasso das empresas depende das metas de cada pessoa. Somente 1% dos brasileiros são independentes financeiramente, isto é, podem se dar ao luxo de viver do capital investido. Vivemos num país onde 70% mal consegue se manter até o próximo salário e o restante nem sabe o que é isso e ainda precisa da ajuda do governo ou de outras pessoas para sobreviver.

Essa reflexão quer levá-los às seguintes perguntas: Quais são as suas metas? Qual a diferença entre os que se dão bem na vida e os que nunca conseguem nada? Qual a diferença entre estes grupos de pessoas?

O que se sabe é que o grupo de 1% que está no topo da montanha é composto por pessoas que registram seus desempenhos, suas metas são claras, escritas e específicas. Em suma, sabem o que querem.

O grupo dos 70% de salários baixos tem metas genéricas, não escritas e nem específicas. Até sabem o que não querem, mas não sabem o que querem verdadeiramente. São pessoas que sabem com firmeza que não querem ter doença, mas não sabem o que é querer ter saúde.Falta foco! Os demais não sabem nem o significado da palavra meta.

Albert Einstein disse que desenvolveu cerca de 10% do seu potencial. No mundo dos negócios as pessoas que ganham 90 mil reais por ano não são melhores do que as que recebem 30 mil.

Sucesso significa resultado. É por isto que estamos no mundo dos negócios. A maioria das empresas paga por presença... No entanto deveriam pagar por desempenho, resultados e produtividade. Muitos sequer registram o desempenho.

O nosso sistema é falho, a legislação também é falha... Pagamos por isto em salários, impostos, taxas, sem grande retorno e acabamos também nos esquivando do principal: Resultados!

Funcionários são pagos para trabalhar... Mas o entusiasmo e o poder do seu comprometimento vêm dos elementos motivacionais de metas, ideais e objetivo. As metas fazem parte da força motivacional e devem ser escritas, registradas... Metas não escritas são apenas desejos e estes são facilmente esquecidos ou mudados. No pensamento de Joel Baker, visão sem ação é apenas uma ilusão. Os maiores sucessos vêm deste comprometimento pessoal com a vitória. Com metas!

01 fevereiro 2010

10 motivos para dizer “não” aos boatos na empresa

"Você soube da novidade que está percorrendo os corredores da empresa?". "Lembra-se de ‘fulano' do setor de informática? Ele contou uma verdadeira bomba". Frases como essas são comuns nos corredores das empresas e não importa o segmento ou o tamanho da organização. São os chamados boatos que se multiplicam pela chamada "Rádio Peão" e que tanto podem disseminar informações distorcidas que não causem estrago à vida da empresa quanto divulgar "novidades" que culminam em fortes dores de cabeças para muitos profissionais, quando não levam os funcionários a um estado de medo. Isso geralmente ocorre quando, por exemplo, ocorre alguma demissão, um gestor é transferido ou, então, novas ferramentas são implantadas pela administração. Seguem algumas razões para averiguar se as informações que correm de "boca em boca" são motivos para deixar você, sua equipe ou demais colegas preocupados.

1 - Se alguém é desligado da empresa, não importa o cargo que a pessoa ocupe, nunca pense que o fato desencadeará uma onda de demissão em massa. Além de estressar a você mesmo, essa informação certamente deixará os demais ao seu redor com um analgésico prestes a ser engolido.


2 - O desligamento pode ter sido iniciativa do próprio funcionário que conseguiu uma proposta melhor ou que por um motivo de ordem pessoal, precisou afastar-se da empresa temporariamente.

3 - Quando uma organização preocupa-se com o clima, o líder toma a iniciativa de comunicar aos liderados o desligamento de um membro da sua equipe. Isso acalmará os demais profissionais e não dará margens às fofocas.

4 - Ao saber que uma nova tecnologia ou ferramenta será adotada, antes de dizer não ao novo, ao desconhecido, deixe primeiro que seu gestor faça a comunicação oficial e não leve em consideração o que "fulano" disse: "Essa novidade só trará dor de cabeça para todos, porque é muito complicada de ser utilizada". Antes, participe do treinamento oferecido pela empresa para realmente constatar se você terá ou não dificuldades em lidar com aquele novo recurso.

5 - Seu gestor foi transferido, desligou-se da empresa ou se aposentou? Nada é eterno e o mundo está em constante transformação, inclusive o meio organizacional. Por essa razão, se ouvir comentários do tipo: "O novo chefe trata todos no chicote e adora perseguir as pessoas. O departamento vai virar um inferno". Não faça a imagem de uma pessoa, sem primeiro conhecê-la. A metodologia de trabalho pode ser até diferente, mas não significa que quem chegará trará um "copo de espinhos" para você beber.

6 - Antes de dar "ouvidos" às notícias que correm pelos corredores, caso a empresa possua canais de comunicação formais, fique atento ao conteúdo de cada um deles. Quem sabe, aquele "boato" que o deixou assustado não foi um engano e o assunto é abordado de forma objetiva.

7 - Caso escute algo que pode comprometer o clima da sua equipe, não contribua para a disseminação dessa informação, pois a tendência é que a mesma seja repassada. E quando chegar ao quinto "par de ouvidos", já não será dita como você a ouviu. Tem dúvidas de que isso ocorra? Lembre-se, então, daquela brincadeira do "telefone sem fio", que você participava com seus colegas de escola.

8 - Se, porventura, a tentação for grande demais e você queira comentar com alguém, o faça após o expediente. E que essa pessoa seja alguém confiável, que no dia seguinte não saia espalhando que você falou isso ou aquilo. Já pensou como sua imagem ficará na organização, caso isso aconteça?

9 - Quando uma equipe possui um gestor acessível, o que deveria ocorrer sempre, se uma "dita novidade" o envolva, uma boa alternativa é procurar o seu líder para uma conversa franca. Peça alguns minutos da atenção do seu líder para tirar dúvidas e saber se o que chegou a você tem procedência ou não passa de uma "fofoca", para tirar sua atenção das atividades e prejudicar sua performance. Lembre-se que, infelizmente, a inveja faz parte da realidade da vida e ninguém está livre de ser alvo dela.

10 - Supondo que você ouviu um "boato" hoje e guardou para si. Duas semanas nada aconteceu, como a "rádio peão" havia anunciado. Isso significa que tudo não passou de uma informação distorcida, sem fundo de verdade. Esse é mais um motivo para você fazer uma triagem daquilo que escuta, pois no final das "contas" quem pode ser prejudicado é você próprio.
Fonte: Texto Jornalista Patricia Bispo

03 janeiro 2010

Para 2010

Um maravilhoso 2010 para todos... leiam as sábias palavras de Shakespeare para iniciarmos o ano com o pé direito...

"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas. E começa a aceitar as suas derrotas com a cabeça erguida e com os olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir as suas estradas no hoje porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se você ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isto.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo à longa distância. E que o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.

Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendemos que os amigos mudam. Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que pessoas, com que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que se pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que ou você controla seus atos ou eles o controlarão e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quanto delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que, algumas vezes, as pessoas que você espera que o chute quando você cair, são umas das poucas que o ajudarão a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que quanto aniversários você comemorou.

Aprende que quando se está com raiva tem-se o direito de estar com raiva. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ame com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára pra que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem muito valor e que você tem muito valor diante da vida".

18 outubro 2009

Desenvolva seu potencial empreendedor

A capacidade de colocar as ideias em prática nunca foi tão valorizada pelo mercado. É hora de arregaçar as mangas e aproveitar o momento.

A habilidade de dar vida aos próprios projetos, tirando-os do papel e transformando-os em novos produtos, processos ou serviços, é atualmente uma das qualidades mais valorizadas pelo mercado.

As empresas querem, mais do nunca, saber quem são os funcionários, em todos os níveis, que têm a veia empreendedora à fl or da pele. Esse movimento é percebido nas organizações mais tradicionais, como a fabricante de máquinas agrícolas Caterpillar, de Piracicaba, em São Paulo, e vem sendo aprimorado até no Google, cuja sede no Brasil fi ca na capital paulista. ''Quanto mais pessoas você tiver com espírito empreendedor, se sentindo donas do negócio, mais bem posicionada a companhia estará no futuro”, diz Luiz Carlos Calil, presidente da Caterpillar, a primeira colocada no Guia VOCÊ S/A-EXAME – As Melhores Empresas para Você Trabalhar 2009. A Caterpillar teve, no ano passado, mais de 35 000 ideias vindas de funcionários - entre revisões de expedientes na fábrica, melhorias de processos e novas formas de expedição de produtos. Há quatro anos, a empresa fomenta a sede empreendedora entre seus 4 530 funcionários no Brasil.

A busca pelo empreendedor corporativo, ou intraempreendedor, aquele que empreende dentro da companhia em que trabalha, acontece pela maior necessidade de inovar e se diferenciar num mercado global cada vez mais competitivo. “Nos próximos cinco anos, três em cada cinco empresas terão o core business, sua atividade principal, alterado”, diz Romeo Busarello, diretor de marketing da construtora Tecnisa e professor da disciplina de marketing no Insper, antigo Ibmec São Paulo. E é justamente o profi ssional com perfi l empreendedor que inicia a companhia em novos projetos e nichos de atuação, dando perenidade ao negócio. As empresas líderes em seus respectivos mercados já se deram conta disso e são elas as mais interessadas em identifi car os intraempreendedores. “Empreender é praticamente uma condição para virar um funcionário do Google”, diz Alex Dias, presidente da empresa no Brasil. “É fácil identifi car esse perfi l, pelo constante questionamento, personalidade inquieta e energia empenhada nos projetos. Procuramos também indícios ao longo da carreira dos candidatos, seja empreendendo por conta própria, seja liderando projetos dentro ou fora da empresa.”

Assim como o Google, mais empresas de ponta têm direcionado seus executivos de RH e recrutadores para identificar, já na contratação, profissionais hábeis em combinar ideias com a capacidade de execução — duas habilidades comuns aos empreendedores. “A busca por profi ssionais com esse perfi l tem sido uma constante, dos estagiários aos executivos”, diz Sofi a Esteves, sócia-diretora do Grupo DMRH, consultoria que atende clientes como Unilever, Nivea, Whirlpool, Siemens e Natura. Na prática, o que conta na hora da entrevista de emprego são as situações em que o profi ssional foi capaz de quebrar regras, quão crítico e questionador ele é, quanto de risco é capaz de correr e que impactos teve nos ambientes por onde passou. “As atitudes tomadas no dia a dia, em diferentes contextos, dão o tom e mostram se a pessoa tem ou não a competência para empreender”, diz Sofi a Esteves. A cervejaria AmBev é outro exemplo de empresa que fomenta a cultura empreendedora, de dono do negócio como se diz lá dentro, entre os funcionários novos e antigos.

Fonte: Você S.A.

04 outubro 2009

TERAPIA DO ELOGIO

Arthur Nogueira (Psicólogo)

Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente pesquisa onde nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios, não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades, só se ouvem críticas. As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros. Por isso, os relacionamentos de hoje não duram.

A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa, não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando, amigos, etc.

Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por conseqüência, são pessoas que têm a obrigação de cuidar do corpo, do rosto.
Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias. A falta de diálogo em seus lares, o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios. Acabam com seus casamentos, acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro de casa.Vamos começar a valorizar nossas famílias, amigos, alunos, subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos.

Vamos observar aquilo de que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim, vivemos numa sociedade em que um precisa do outro, é impossível um homem viver sozinho, e os elogios são a motivação na vida de qualquer pessoa.

Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje elogiando de alguma forma?

Pense nisso!

10 setembro 2009

Quando os "nãos" são trampolins para o sucesso

Sabe quando alguém assume que quer seguir uma carreira e ninguém acredita ou aposta? Pelo contrário, desestimula e diz que aquilo não tem nada a ver com a pessoa? Às vezes, acontece no próprio ambiente da família, ás vezes, entre amigos, colegas, às vezes são as portas do mercado que se fecham. Nossa reportagem ouviu duas histórias – uma de um músico erudito que, aos 15 anos, foi absolutamente desencorajado por uma banca examinadora a seguir carreira, e outra de um homem que foi tão recusado nas empresas em busca do sonho da carteira assinada que acabou virando empresário. Confira a seguir:


Hostilizado no primeiro teste, ele superou os músicos que o julgaram


Hoje, Rubens De Donno, 41, é músico conceituado, contrabaixista pela Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, spalla (nome dado ao 1º contrabaixo) na Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e professor pela Universidade Livre de Música Tom Jobim. Quem diria que, quando começou, aos 15 anos, foi tão desencorajado que chegou a ficar traumatizado. Mas o importante é que a falta de estímulo não o deteve e ele pôde provar para muita gente que estava certo, embora fosse muito novinho, quando tomou a decisão de tocar contrabaixo e seguir carreira na música erudita.

A primeira desmotivação Rubens sofreu quando foi fazer o teste de contrabaixo para entrar na Escola Municipal de Música de São Paulo. E, vejam só, ele foi julgado por causa da estatura. Não que fosse baixinho. Afinal, 1,64m para um adolescente de 15 anos está de bom tamanho. Mas a banca examinadora que o viu tocando achou que era pouca altura para muito instrumento e, em tom de hostilidade, o aconselhou a desistir do contrabaixo. “Aquilo me magoou tanto...Disseram para eu esquecer o instrumento e me dedicar à teoria musical. Lembro que, muito triste, fiz um desenho que era um quadrinho com um anão tocando contrabaixo”, comenta ele.

Rubens lembra que, com o apoio do pai, conseguiu comprar um arco e ter um contrabaixo emprestado. Foi assim que começou a realizar o seu sonho de menino, mas não sem enfrentar muitos outros “nãos”.

No começo dos anos 90, já cursando música erudita na Escola de Comunicação e Artes da USP, Rubens foi recusado na seleção de uma orquestra. O mundo dá voltas e, em 1998, o músico foi convidado para ser chefe dos músicos que o reprovaram.

Embora tenha vivido diversos percalços, Rubens acredita que todos o ajudaram. “O segredo para manter a disposição e enfrentar problemas na carreira é olhar os erros como oportunidades para novas chances”, ensina. “Fiquei com raiva quando não passei nesse teste da orquestra, mas hoje vejo que não estava tão bem preparado. Não adianta ficar culpando os outros. Você tem de vê-los como a alavanca para o sucesso.”

Recusado nas empresas, ele virou empresário!

Trabalhar numa multinacional com carteira registrada, estabilidade financeira, benefícios e participar das festas de fim de ano da empresa. Este era o sonho de Reginaldo Farias Santos, 51 anos, fundador da Metax – empresa de construção civil com sede em Campinas (SP) e que emprega 340 funcionários. “Como todo filho de metalúrgico, tinha o sonho de ser um. O pai brasileiro forma filhos para serem empregados, jamais para empreenderem um negócio próprio”, diz Reginaldo. Foi assim que, dos 17 aos 22 anos, ele passou, sem ser aprovado, por vários processos seletivos.

“Na época, não tinha uma formação técnica e quase sempre era chamado para ser mais um candidato num processo de cartas marcadas, para preencher lacuna”, continua ele. “Em busca de uma chance na carreira administrativa de uma companhia internacional, trabalhava em subempregos como office boy e entregava boletos de pagamento de cartão de crédito. Algumas vezes, marcava entrevista de emprego e, chegando lá, não era recebido.”

Já na faculdade, fazendo um curso de soldagem, ele começou a se virar como vendedor, mas admite que sentia vergonha da profissão. “Para mim era sinônimo de que não tinha uma formação específica”, lembra.

A guinada aconteceu quando Reginaldo abandonou a faculdade. Era vendedor de materiais de construção e equipamentos, mas ainda perseguia o sonho de “uma vida mais segura”. No terceiro semestre de curso, conheceu um colega de sala que trabalhava numa multinacional. Nessa época, já estava casado, com 22 anos e morando num apartamento no bairro de Pinheiros, em São Paulo. “Esse cara estufou o peito para me contar que ganhava, acho que 90 cruzados, na época. E eu, que achava humilhante ser vendedor e sonhava com a multinacional, já ganhava cerca de 450. Esse fator financeiro me fez refletir sobre o futuro e, a partir desse dia, perdi a vergonha e fui investir no meu trabalho. Fazia meu horário, sem pressão de ninguém.”

Ainda assim, Reginaldo entrou numa grande dúvida entre virar assalariado ou empresário, um pouco antes de fundar a Metax, em 1983. “A crise no Brasil estava feia e fui convidado a ser supervisor de vendas numa fabricante de tintas”, conta. “Quase desisti de abrir a empresa e aceitei o emprego.” Ele só desistiu da ideia depois de um amigo convencê-lo de que ele não dominava o ramo específico, mas sim o da construção civil. “Era difícil, assim como todo brasileiro, fui educado para ser assalariado.”

Na época, Reginaldo pesquisou e descobriu que havia um nicho de mercado na cidade de Campinas. “Não existia nenhuma empresa na área, houve duas que faliram por incompetência antes da fundação da Metax.” Ele se mudou para lá, arregaçou a manga e começou a tocar o próprio negócio. Hoje, a empresa conta com duas filiais, uma em Osasco e outra em Ribeirão Preto. Atua em produção, locação e venda de andaimes, escoramentos e elevadores. “Procuramos sempre investir na formação dos funcionários e quero oferecer a eles tudo o que uma multinacional é capaz de dar, incluindo as festas de fim de ano da firma (risos).”

Os quatro filhos de do empresário também são incentivados pelo pai a abrirem o próprio negócio, independentemente da área de formação. Uma filha, recém-formada em cinema, já abriu uma produtora. “Ainda tenho mais dois filhos estudando no exterior, sendo que um deles já tem negócios aqui e uma outra filha com 16 anos que está no colégio.” Se depender do estímulo do pai, novas empresas estão a caminho!

Fonte:
http://www.canalrh.com

05 setembro 2009

Tendências e Bastidores do Mundo Corporativo



Sim, é verdade, os empregadores estão mais exigentes na hora de contratar. Isso vem sendo dito pelos executivos que entrevistam candidatos a uma vaga de emprego desde que a crise ficou mais branda por aqui, nos últimos meses. Durante esta semana eu sondei alguns executivos de RH de grandes empresas para saber da percepção deles sobre o assunto. Veja o que me disseram três deles:

Jaime Jose Vergani, Diretor de Suprimentos, Administração e de Finanças da Randon, fabricante de carrocerias de caminhões de Caxias do Sul (RS):
“O que observamos com a chegada da crise é que os candidatos tem-se apresentado com uma escolaridade e qualificação maior, muitas vezes, do que as exigências do perfil da vaga, tornando o processo seletivo mais competitivo.”

Monica Longo, executiva de RH da Nívea, empresa de cosméticos com escritório em São Paulo:
“Eu diria que de certa forma sim. Todos estão administrando custos de forma mais cautelosa e ninguém quer se arriscar com uma contratação indevida. Literalmente não podemos errar e se antes alguns pontos de dúvida não impediam uma contratação, agora qualquer incerteza com relação à adequação de um candidato à empresa ou a uma posição é suficiente para não irmos adiante com um candidato.”

Fabiana Cymrot, gerente de RH da Novo Nordisk, farmacêutica dinamarquesa com sede administrativa em São Paulo:
“Sim. O número de vagas, de modo geral, foi reduzido, e as empresas cada vez mais buscam profissionais multitarefas. Hoje, não basta selecionar um candidato tendo em vista unicamente um cargo. As empresas que genuinamente se preocupam com a carreira e o desenvolvimento dos seus funcionários tendem a contratar pessoas que possam exercer mais de uma atividade, de modo a garantir mobilidade e empregabilidade dentro da própria empresa.”

24 agosto 2009

Qual é seu perfil?

Estudo ensina como identificar, gerenciar e motivar os três estilos de profissionais que toda empresa tem.

Toda companhia tem profissionais ambiciosos, acomodados e os chamados cimentos sociais, aqueles que integram todos os tipos. Os três grupos são essenciais e estão presentes em praticamente todas as empresas. Essa foi a conclusão do estudo Segmentação Atitudinal de Funcionários, desenvolvido pelo GFK, um dos maiores grupos de pesquisa de mercado do mundo, com base em mais de 2 000 entrevistas com empresas de grande porte do Brasil. As informações sobre cada perfil podem ajudá-lo a identificar, gerenciar e motivar sua equipe. Além disso, você pode descobrir qual é seu próprio estilo e saber como usá-lo a seu favor.

TIPO AMBICIOSO

O ambicioso busca ascensão na carreira, gosta de se exibir e se preocupa com a imagem. Esse profissional não tem apego à empresa nem ao cargo. Se a concorrência oferecer mais, ele aceita. Apesar disso, é um profissional essencial a qualquer equipe, porque tem muitas ideias, é altamente produtivo e adora bater metas.

O gestor que quiser motivar um ambicioso deve valorizar suas conquistas com programas de bonificação e premiação interna. “Esse funcionário deve receber uma recompensa financeira vinculada à realização de desafios, que precisam ser concretos e mensuráveis”, diz Aníbal Calbucci, diretor de recursos humanos do laboratório farmacêutico Bristol-Myers Squibb. Se a empresa não oferecer remuneração variável, vale buscar outros mecanismos para reconhecer esse profissional. Uma sugestão é parabenizá-lo verbal e publicamente por suas conquistas.

Se você é do tipo ambicioso, a dica é buscar empresas que valorizem ideias inovadoras, promovam a competição interna e saibam premiar quem atinge as metas. Você vai se sentir valorizado e entregar mais resultados, até que uma nova proposta apareça e você corra atrás de um desafio mais interessante.

TIPO ACOMODADO

Esse profi ssional tem de cinco a dez anos de casa, está adaptado à empresa e à sua função. Não é necessariamente desmotivado ou folgado, apenas não tem grandes expectativas de crescimento. “O acomodado gosta do que faz e é fiel à empresa”, diz Mario Mattos, diretor de marketing da GFK. Esse tipo se divide em dois subgrupos: os resolvidos e os frustrados. O resolvido é homem, chefe de família e tem muito tempo de empresa. Mais maduro, preocupa-se com a saúde e gosta de trabalhar. A empresa gosta da fi delidade desse profi ssional, o que o valoriza. Já o acomodado frustrado costuma ser jovem e ter baixa escolaridade. Em muitos casos, está desmotivado e requer atenção do gestor para não prejudicar o desempenho da equipe.

O chefe que quiser motivar um acomodado precisa tirá-lo da zona de conforto, oferecendo mudanças de área ou metas desafi adoras. “Acompanhe esse profi ssional de perto e instigue-o”, diz Adriana Teixeira, diretora de RH da Losango.

Se você é do tipo acomodado, não coloque a carreira nas mãos da empresa. Procure oportunidades de mudanças internas. Assim, você oxigena sua motivação e sua carreira sem sair do emprego — se a empresa não o despachar antes.

TIPO CIMENTO SOCIAL

É aquele que une as pessoas. O cimento social atua como integrador de colegas e de equipes. Ele ajuda os recém-chegados a serem aceitos no grupo, organiza os encontros extraoficiais, como happy hours e aniversários, e é o arroz de festa das atividades comemorativas da empresa. “Esses profissionais são importantes porque quebram as barreiras entre os departamentos e diluem tensões entre as áreas”, diz Mario, da GFK. Eles têm conhecidos e amigos em todos os cantos da empresa.

O gestor que quiser motivar um cimento social pode pedir a ajuda desse profissional para desenvolver, organizar e divulgar os eventos da empresa. “Uma pessoa de perfil cimento social deve ser indicada a líder dos programas de responsabilidade social da empresa, ou do grupo de qualidade de vida”, diz Aníbal, do Bristol-Myers Squibb. “Esse profissional pode ser um bom parceiro do RH ou da área de eventos, por exemplo.”

Se você é do tipo cimento social, use e abuse da sua capacidade de comunicação para construir uma boa rede de relacionamentos e fique atento às oportunidades que surgem além da sua área. Tarefa simples para você.

Fonte: Site Você S.A.

02 agosto 2009

Imagem lapidada

Saiba como fortalecer a carreira criando sua marca própria

Criar uma marca pessoal consistente pode ajudá-lo a ser reconhecido com mais facilidade por suas qualidades profissionais. A construção da imagem corporativa para um profissional é muito semelhante à da marca de uma empresa ou de um produto. Em primeiro lugar, a marca precisa refletir para o mundo aquilo que o produto — ou pessoa, neste caso — de fato é em essência. Em outras palavras, na hora de criar a sua marca, você precisa comunicar aquilo que você sabe, tem ou pode oferecer ao chefe, à empresa ou ao cliente. Um banco tradicional, por exemplo, dificilmente ficaria bem tentando vender a imagem de uma empresa de internet moderninha, ou viceversa. Com as pessoas, ocorre o mesmo. Se você tem um perfil conservador, dificilmente conseguirá parecer natural falando gírias e vestindo jeans e tênis. O inverso é igualmente verdadeiro. Por essas e outras é que os especialistas no assunto são unânimes ao afirmar que todo bom trabalho de construção de marca começa com um processo de autoconhecimento. “Quem não se conhece suficientemente bem pode cometer o erro de vender um conceito que não consegue entregar na prática”, diz Dennis Giacometti, presidente da agência de propaganda de branding Giacometti Propaganda, de São Paulo. Veja a seguir as principais dicas para descobrir suas características mais marcantes e divulgá-las com eficiência.

DISCURSO ADEQUADO
A adequação do discurso segue a mesma regra da imagem. Se você tentar mudar demais seu estilo, não vai convencer ninguém.

AUTOCONHECIMENTO
Antes de criar sua marca pessoal, é preciso conhecer bem suas características, sua motivação, seu potencial e seu diferencial. Ou seja, é preciso saber muito bem quem você é antes de identificar a marca e a mensagem que quer passar para o mercado. Segundo os especialistas, uma marca pessoal eficiente não pode ser apenas uma casca que o profissional veste quando convém. “A marca pessoal é resultado do conjunto de fala, imagem e ação de uma pessoa”, diz Silvio Celestino, diretor da nlevo, consultoria de marketing estratégico e pessoal, de São Paulo. Portanto, é fundamental que sua marca tenha consistência e reflita, de fato, o que tem a oferecer de melhor.

EXCELÊNCIA E REFERÊNCIA
Outro item essencial para construir uma marca pessoal eficiente é conhecer muito bem o meio em que você está. Converse com colegas de trabalho ou amigos de outras companhias, do setor em que atua e dos concorrentes. Além de ter conhecimento, o profissional precisa saber verbalizá- lo. Por exemplo, ofereça ajuda a colegas que tenham dificuldades numa área que você conhece bem. É uma boa forma de fazer marketing pessoal. Quem divulga bem sua marca muitas vezes consegue se tornar referência em algum assunto.

IMAGEM SOB MEDIDA
Antes de se candidatar a qualquer vaga é importante conhecer a cultura, os princípios e os valores da empresa para a qual pretende trabalhar. Basicamente porque, com as informações, você poderá adequar, na medida do possível, sua aparência e seu discurso. Para saber como se vestir para uma entrevista, procure observar como os funcionários da empresa se vestem. “É verdade que, se você estiver num processo eletivo para uma vaga de gerente num banco tradicional, terá mais chances se usar terno e gravata”, diz Silvio, da Enlevo. “No entanto, se você estiver visivelmente desconfortável no terno, por mais que se esforce, não vai convencer o entrevistador de que essa é a vaga ideal para você”, diz ele.

PLANO DE NEGÓCIOS
Aplicar alguns conceitos de plano de negócios ao direcionamento da carreira também ajuda na definição da marca pessoal. “Com frequência, as pessoas montam um plano de negócios para uma empresa. Raramente, fazem o mesmo para a carreira”, diz Renata Rocha, consultora da Robert Wong Consultoria Executiva. Segundo Dennis, da Giacometti, vale a pena estabelecer metas quantitativas e qualitativas para sua marca pessoal. Por exemplo, se você quer alcançar um cargo num determinado período, faça um planejamento. Pense quantos contatos você precisa ter, de que forma vai obtê-los, que cursos ainda tem de fazer, por quais cargos ainda precisa passar. “Tenha indicadores estatísticos para acompanhar sua evolução”, diz Dennis.